domingo, 14 de fevereiro de 2016


Ele não liga a datas. Eu, perco-me nessa dimensão cronológica da vida. Não para assinalar festejos mas para situar os acontecimentos num tempo. No meu. Não me recordo ao certo do dia em que começamos a caminhar juntos e bem vistas as coisas nem passou muito tempo. Posso descobri-lo no histórico de conversas, mas ao pensar nisto reparo que a data que ele mais me marca não é uma que passou, mas sim aquelas que pronuncia no futuro, numa conjugação verbal onde nos reconheço, onde estão todas as datas que importa vivermos no presente.


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