enquanto não me saem as mil palavras...
foto do g.
Vamos por partes...
A necessidade de férias era grande e uma estadia em casa
parecia o destino perfeito. Descansar no intervalo das rotinas. A passo lento.
Era assim que contava entrar no novo ano, mas entretanto decidimos outra coisa
para essa semana. Troquei a contenção na diversão por descoberta. E quando
vamos à descoberta o que queremos é ser surpreendidos. Ainda antes de partir
surpreendi-me com o volume da mala. Experimentei, em vão, a tática do
despojamento, estava frio e não havia como abdicar do volume que faz a roupa
quente. A prontidão das partes em fazer os acontecimentos sucederem-se faz querer na
lógica da sequência e depois da bagagem acomodada iniciamos a primeira de muitas
viagens que viríamos a fazer naqueles cinco dias.
O destino eram os caminhos de uma serra. Quisemos a da
Estrela.
Na primavera quando observar o guerreiro Oríon no céu não me posso esquecer de procurar na orientação do seu cinturão a Aldebaran, a estrela que está na origem do nome da serra há 6000 anos. Passamos da grandeza da história para a imponência da cadeia montanhosa e a curiosidade levar-nos-ia aos seus meandros. Instalados com vista privilegiada para uma das suas vertentes, por vezes tivemos que nos render à beleza que pode estar encerrada num nevoeiro, denso e frio, que não impediu tantos como nós de para ali rumarem nesta altura do ano. As notícias diziam que eram muitos mas a grandeza da serra dispersa-nos de tal forma que passamos boas horas sem ver mais ninguém. Chegávamos a “casa” todos os dias muito depois de todas a estrelas se elevarem.
Na primavera quando observar o guerreiro Oríon no céu não me posso esquecer de procurar na orientação do seu cinturão a Aldebaran, a estrela que está na origem do nome da serra há 6000 anos. Passamos da grandeza da história para a imponência da cadeia montanhosa e a curiosidade levar-nos-ia aos seus meandros. Instalados com vista privilegiada para uma das suas vertentes, por vezes tivemos que nos render à beleza que pode estar encerrada num nevoeiro, denso e frio, que não impediu tantos como nós de para ali rumarem nesta altura do ano. As notícias diziam que eram muitos mas a grandeza da serra dispersa-nos de tal forma que passamos boas horas sem ver mais ninguém. Chegávamos a “casa” todos os dias muito depois de todas a estrelas se elevarem.
Quando preparei a arvore de Natal na casa do meu pai, não
consegui encontrar a velha e bonita estrela que costumamos colocar no topo da
arvore. Este ano parece que estava guardada para mim a beleza de outra Estrela
que brilha sobretudo no meu olhar ao recordar estes dias.
(28/12/2015 - 02/01/2016)
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