sexta-feira, 17 de agosto de 2012


"Férias Roma 1 a 8 Agosto 2012", foi ao ler este título e o respectivo convite generalista que tudo começou.

Li-o uma semana antes da data prevista e decidi tentar embarcar nesta aventura. Depois de confirmar que podia antecipar as férias para a semana seguinte em dois dias tinha o voo e alojamento marcado ficando com o resto do tempo para preparar o que faltava (nada de muito preocupante, visto que só podia caber dentro de uma mochila). Recebi ajudas oportunas, às quais, muito devo a realização desta viagem. O conceito da palavra aventura densificou-se com o passar dos dias porque o desconhecido tinha um espectro mais largo do que apenas o destino. O que ao olhos dos demais podia ser um risco, para mim adivinhava-se uma partilha consciente e relativamente a isso continuei os preparativos tranquila. De repente, a lista das-coisas-a-não-esquecer estava sem pendentes, e a dupla a fazer a primeira apresentação pessoal (típico: olá, eu sou a/o…!), e um pouco mais de conversa. A confiança permaneceu intacta.

Poucas horas depois sobrevoávamos terra e mar, o céu no limite e depois “i piedi per terra” (e eu respirei de alivio porque isto de voar sem ter asas só me agrada na imaginação).

Caminhámos a maior parte do tempo, um tempo compreendido entre o logo-cedo e o-mais-que-possamos-aguentar para nos dispersarmos física e mentalmente pelas ruas e monumentos da cidade.

Roma: São grandes as ruas, grandes os prédios, com pormenores de construção que nos prendem a atenção, grandiosos os monumentos de arquitectura imponente, muitas as igrejas e admiráveis, esculturas e pinturas (ao vivo e a cores) de maravilhar, magníficas as ruínas, grande a história (rica e vasta de a.C à actualidade) e vistas sobre a cidade de ficar ali a olhar sem cansar.

As fotografias não deixam transparecer a verdadeira escala a que temos de rodar a cabeça mas fica aqui um resumo:
Por onde passámos: Piazza del Popolo(dia/noite), Vila Borghese, Galeria Borghese, S. Maria in Monsanto e S. Maria deli Miracoli, Basílica SS. Ambrogio e Carlo al Cerco, Piazza di Spagna (dia/noite), Chiesa Trinitá dei Monti, Fontana La Barcaccia (dia/noite), Fontana di Trevi (dia dia dia/noite noite noite :)), Barberini, S. Pietro in Vincoli, Tritone, Domus Aurea, Coliseu(dia/noite), Arco di Constantino, Fórum Romano, Palatino, Piazza del Campidoglio, Piazza Venezia, Vittorio Emanuele II (dia dia dia/noite noite :)), Teatro Marcelo, Circo Massimo, Basílica di S. Giovani de in Laterano, Basilica de S. Clemente, Vaticano, Museu do Vaticano, Praça de São Pedro, Basílica de São Pedro, Pieta, Castelo de Sant` Angelo, Margens do Tibre (dia/noite), Trastevere, S. Maria in Trastevere, Termas de Caracalla, Basílica de Santa Maria Maggiore, Campo de Fiori, Palazzo Farnese, Chiesa Nuova, Palazzo Attemps, Piazza Navona, Fontana dei Quatro Fiurmi, S. Luigi dei Francesi, S. Agostinho, S. Maria Sopra Minerva, Chiesa de Jesus, Bocca della Verità, S. Maria in Cosmedim, Panteão, Piazza della Republica, S. Maria degli Angeli e dei Martiri, Termas de Diocleciano, Pirâmide de Cestio, Igreja de Santo António dos Portugueses, Via Appia Antica, Catacumbas de S. Callisto, Estádio Olímpico, Mercado Trajano, Ponte Margherita, Ponte Cavour, Ponte Umberto I, Ponte Sant`Angelo, Ponte Vittorio Emmanuel II, Ponte Savaosta, Ponte Mazzini, Ponte Sisto, Gelataria Il Dolce Sorriso, Ponte Garibaldi, Ponte Cestio, muitas ruas e o que ia aparecendo.

Numa cidade de ritmo frenético imposto pelos habitantes e pelos turistas, da viagem retenho um elemento de quietude, que caminhou lado-a-lado, à frente ou atrás, por quem olhei, ou perdi de vista, com quem falei, com quem me ri ou com quem estive em silêncio e bem. Um estar livre, daquela liberdade que se define com responsabilidade e respeito pela individualidade, o Outro, um verdadeiro companheiro de viagem. Obrigada!
Em 7 dias houve muito sol, muito calor, muita sede, cansaço, bolhas nos meus pés (mas como não doíam é quase como se não tivessem existido), houve fome (porque havia alguém que tinha mesmo muita fome), houve spaghetti, pizza e panini, houve estação de Termini com metro de uscita a destro e a sinistra de Laurentina a Rebibbia ou de Bastitini a Anagnina, houve autocarro 62 e 64 entre outros, uns mais acertados, outros nem tanto, houve caminhada ao longo do Tibre, houve lojas de roupa de desporto e muito monumento Vittorio Emanuele II para o menino, houve livrarias, outras lojas, terraços e muita Fontana di Trevi para a menina, e muitos gelatos para os dois, houve muitos “scusa” e outros tantos “grazie”, houve muitos mais mas pelo menos 551 degraus foram para subir à cúpula da Basílica de S. Pedro (também devido à prontidão de um “se quiseres ir, vai, que eu espero”), houve mão na bocca della veritá, houve muitas fotografias e alguma “troca de ideias” sobre as mesmas, houve muito guia/livrinho laranja com mapas e os locais mais relevantes, houve silêncio (do bom), houve paciência, houve muito que ver e ali viver.

  Houve… muita vontade de conhecer e percorrer Roma enquanto lá estivéssemos e foi isso que fizemos, no limite das nossas capacidades acho que atingimos o nosso objectivo pessoal e enquanto dupla. Só não vimos o Papa, a nossa mea culpa (porque a chegada e a partida coincidiram com as horas das audiências mas como lançámos a moeda à Fontana di Trevi pode ser que um dia tenhamos a oportunidade de nos refazermos desta falha!)

Finito la dolce vita, arrivederci Roma!

Agora para além das memórias e do registo fotográfico resta a sensação, que tudo está bem quando acaba bem :)


2 comentários:

Anónimo disse...

Que texto lindo,viajei com vc nas suas palavras...
estou indo para roma no final de agosto,será que vou pegar muito calor?

Ana Fernandes disse...

provavelmente ainda pode apanhar um pouco... nada com consultar um site de meteorologia... contudo acredito que nunca fará calor ao ponto de prejudicar a viagem... é essencial beber muita água para manter o corpo hidratado e o ânimo em alta!!