sábado, 10 de março de 2007



O vento, passou como dedos entre os fios do meu cabelo. Adormeci embalada pela vida que corria no rés-do-chão da minha rua. Solas que batem a caminho de um destino que nunca chega. Pés que obedecem a estímulos motores da mecânica do dia-a-dia. Por ali tudo passa, por vezes, descaídos para tombar noutro lugar. Vozes que se estendem ao virar da esquina, deixando para trás frases soltas. Palavras que o vento não leva porque me está afagar o cabelo. Sorrisos que me descontraem a expressão de serenidade. Sorrio também. Um sorriso solidário que me franze a testa na duvida do motivo. Que importa, viro a outra face e adormeço de novo.

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