Há quanto tempo não vivia assim para os livros ou para a leitura. Rendida ou resgatada pelas palavras que contam histórias do que me vai dentro, de dentro para fora e vice versa. Horas mergulhada nesse vai e vem que se espelha nas entrelinhas. Deleitar-me com as personagens ou com o autor. Subtilezas que me navegam nas horas como se fosse uma bússola entregue ao prazer de andar à deriva...
“(...) A Imagem só pode entrar na corrente da consciência se for ela própria síntese e não elemento. Não há, não pode haver imagens dentro da consciência. Mas a imagem é um certo tipo de consciência. A imagem é um acto e não uma coisa. A imagem é consciência de alguma coisa.” in "A Imaginação" de Jean-Paul Sartre
domingo, 30 de dezembro de 2018
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
domingo, 11 de novembro de 2018
Combinamos partir juntas e depois cada uma seguir para o seu objectivo. Eu, 10km de treino carrocel (sobe e desce). Ela, primeiro treino longo e sem desnível para a maratona. Chovia quando desistimos de esperar que abrandasse, continuou a chover quando achei que não fazia sentido separar-nos. Ainda chovia quando vi que afinal aguentava mais um bocadinho e daí a um bocado talvez aguentasse tudo. Terminámos o treino e a chuva ainda não tinha parado de cair. Amizade para que te quero. Porque às o verdadeiro carrocel corre cá dentro e há amizades abençoadas por treinos molhados!!
quinta-feira, 18 de outubro de 2018
Às vezes dou por mim a trautear uma mesma música (since 2012)
life is good by the ones you love
when the ones you love behave
cause when they don't it makes you mad
but you breathe in deep and brave it
the vilest thing about family
it's that they own your heart for life
they can make it hurt and make it bleed
and they don't even have to try
try and enjoy the scenery
and the lovely, tangy wine
get your hopes down from where they're hung
and be sure to hold the line
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
Sentir como uma perda irreparável o acabar de cada dia. Provavelmente, é isto a velhice.
Cadernos de Lanzarote (1994)
Não Saramago, não concordo. Talvez tenhas tido a sorte de viver a maior parte dos dias sem te aperceber dessa perda irreparável, talvez por estares demasiado ocupado ou por boa gestão da tua criatividade. Há muito que me aflige o dia não ter mais horas para tudo o que quero. Não que esteja sempre a fazer coisas, e agora cresce em mim essa aflição na mesma medida em que vou apreciando mais o descanso. Esta entrega ao dolce fare niente não sei se é da velhice mas prefiro acreditar que é da tranquilidade que tenho conquistado a passo lento. Passos dados por entre batimentos acelerados e overdose de hipóteses. Agora amigo, feita de menos, sinto irreparável todos os dias que não dão para mais.
sábado, 15 de setembro de 2018
"Saturday night run fever"
(Se aos 15km estivermos bem, fazemos 17km!!)
E assim foi, com reforço de confiança para as duas. Uma amiga motivada faz muito para ajudar a contrariar a inércia dos últimos tempos. 17km como quem vai ali beber um café e ainda a tagarelar todo o caminho... Aaah tinha saudades disto!!
sexta-feira, 14 de setembro de 2018
Há umas que me escolhem para um abraço. Não foi o caso desta, mas quando escolhem sabe tao bem. Faço muitos trilhos sem sentir esta atração mas sei de duas árvores distantes que me valeram lágrimas. Entender destes abraços, os outros. Que há muito para além da reciprocidade física, há uma energia que não se explica, e uma vez sentida nem é relevante explicar mas antes experiência-la. Mas é tentador explicar o descanso imediato de um bom abraço, talvez advenha de um peso que se evanescence e pelo caminho de transforma em algo bom que se liberta para o universo.
quarta-feira, 12 de setembro de 2018
Quando a meio de um dia de trabalho, uma amiga envia um vídeo, não para fazer inveja, mas para partilhar da calma e paz da sua tarde e é isso mesmo que fica...
(vou ali continuar a ver em loop)
Obrigada S.
segunda-feira, 10 de setembro de 2018
Dos muitos peregrinos de Santiago que vi esta semana no pouco tempo que andei pela minha cidade, desejei "bom caminho" à segunda rapariga. 5 segundos depois fiquei com os olhos cheios de água, 15 minutos depois chorava em casa com saudades de tudo. Chorei o peso da mochila. Chorei as dores que suportei. Chorei as madrugadas em que cada um se fazia ao caminho. Chorei os banhos que me sabiam tão bem enquanto os pés faziam mais um sacrifício. Chorei desencontros. Chorei a incredulidade com a minha limitação física.
Chorei o sonho da alma. Chorei o pesadelo nos pés.
Chorei o milagre de ter chegado.
Chorei o que em mim cedeu,
Chorei o que em mim se deu.
Chorei e agradeci
sábado, 25 de agosto de 2018
terça-feira, 21 de agosto de 2018
Não havia telemóveis e independentemente do telefone vermelho da rodinha lá em casa desde cedo foi implementado o sistema do recado no pedaço de papel antes de sair de casa. Ninguém saía de casa sem deixar escrito para onde ia, isto na impossibilidade de o dizer verbalmente. Reza a lenda que aquela tirinha de papel terá sido a minha primeira "sms" (provavelmente escrita assistida sem corrector ortográfico)
"oh pai eu estou no trabalho da mãe"
O sistema operativo do pai guardou isto uns 34 anos agora exibe-o afixado no escritório.
sábado, 18 de agosto de 2018
Sábado de manhã...
dei por mim a pensar na sorte que tenho em não ter vizinhos no andar de baixo e que portanto não amaldiçoam a forma como ando a chinelar pela casa fora. os chinelos alargaram e isso faz com que o meu chinelar seja um bocado arrastado, irritante mas eu não me oiço a maior parte do tempo.
domingo, 12 de agosto de 2018
quarta-feira, 1 de agosto de 2018
terça-feira, 31 de julho de 2018
domingo, 29 de julho de 2018
terça-feira, 24 de julho de 2018
sábado, 14 de julho de 2018
Sábado de manhã ...
uma música absolutely precious (aqui)
Life, love the light, love the colours, love to find.
terça-feira, 10 de julho de 2018
17 dias antes sentei-me a delinear O Caminho. A quem tive tempo de contar, ainda tive tempo de ouvir a pergunta "vais sozinha?" e quase sempre seguida da outra "não tens medo?". Perante o sim vi inaltecida a coragem porem com argumentos pouco encorajadores.
Esta coragem, foi feita da ausência do medo, ou de ignorar parte dele. No meu caso o medo foi ignorado pelo próprio medo de não viver esta experiência.
Foi neste espírito que saí de casa
No Caminho até o medo tem coragem...
(imagem: íman do frigorífico lá de casa, oferecido pela avó Maria há ano, depois de lá ir numa excursão. Nunca mais vai ser só um íman qualquer)
sábado, 7 de julho de 2018
sexta-feira, 6 de julho de 2018
terça-feira, 3 de julho de 2018
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