segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

sábado, 20 de fevereiro de 2016



Sábado de manhã...


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o chá de que tinha saudades pois havia sido descontinuado está de volta :)

às vezes não basta ter só os pés bem assentes na terra


domingo, 14 de fevereiro de 2016


Ele não liga a datas. Eu, perco-me nessa dimensão cronológica da vida. Não para assinalar festejos mas para situar os acontecimentos num tempo. No meu. Não me recordo ao certo do dia em que começamos a caminhar juntos e bem vistas as coisas nem passou muito tempo. Posso descobri-lo no histórico de conversas, mas ao pensar nisto reparo que a data que ele mais me marca não é uma que passou, mas sim aquelas que pronuncia no futuro, numa conjugação verbal onde nos reconheço, onde estão todas as datas que importa vivermos no presente.


domingo, 7 de fevereiro de 2016



Desta chegamos à hora a que costumamos estar a partir. Assim tivemos mais tempo para nos distrairmos. E como nós precisamos dele…
Se num momento estava a sair de casa, no outro dei por mim a correr atrás de um pequeno rebanho de cabras. Antes de pararmos já a beleza dos campos me vinha a conquistar. A combinação de afloramentos rochosos e de verde trazem-me à memória a bela vila de Monsanto  e esta paz em que tão bem me disperso. O dia esteve maioritariamente nublado e frio mas fomos recebidos com uns raios de sol em que por momentos ainda serrei os olhos para ver o castelo no alto. Foi para lá que nos apressamos a caminhar entrando nas ruelas de Marvão. Estreitas e inclinadas e repletas de detalhes a que devemos estar atentos. Não precisamos de procurar muito para os encontrar. Sucedem-se e é bom reparar que quem os pensou não o fez em vão. Vimos muito e alguém fotografou mais do que eu, que fiquei sem bateria muito cedo. Moradores vimos poucos, mas visitantes eram agradavelmente num numero com que gostei de me cruzar. Vale a pena esta perdição pelo emaranhado das ruas e atrasar a chegada ao castelo. Daí e do seu topo a vista não cortou mais a respiração porque a neblina não deixou. É daquela dimensão que não há máquina de capte ou memória que grave em pleno. O meu coração cativa essa sensação do impacto que tenho perante tamanha grandiosidade esperando que no imediato essa energia me cure dos dias não belos desta vida. Regressamos ao carro pelo caminho mais curto mas não proporcionalmente mais rápido. É que nós distraímo-nos muito e mais, se temos com que fotografar. Foi com um céu cor-de-rosa (vá se lá saber se por acaso) que nos despedimos de Marvão na certeza de que chegaríamos a Castelo de Vide com ele de um azul muito escuro. Noite. Entramos na praça principal ao som do burburinho das suas gentes. Certamente do que restou de um dia em que por ali se jogou o carnaval. Haviam mascarados ainda a confraternizar pelos bares e cafés. Havia cheiro a pipocas e farturas e um carrocel a rodopiar póneis de plástico engalanados ao som de versões dos Dire Straits. Podia ter sido ao som do Walk of life que não nos demoramos por ali pois tínhamos mais castelo e judiaria para visitar. Novamente encontrei-me confortável a caminhar por mais ruelas estreitas e muito bem cuidadas. O G. avisou-me para levantar a cabeça e observar bem à volta pois mais uma vez os pormenores seriam muitos e nada me devia escapar. Nem me escapou esse conforto de ruas que apesar de desertas denunciavam na luz refletida das vidraças de muitas portas, pessoas que por ali habitam. Confesso o observava com alguma nostalgia e se escutava barulho vindo do seu interior quase que me sentia uma mendiga de alguém que viesse à porta e nos convidasse para entrar. Mas isto devia ser eu perturbada pelo frio que estava a sentir. Fui parcamente agasalhada e em certos momentos só pensava como seria estar quentinha dentro de uma daquelas casas. Tive muito frio mas também gostei muito. G. obrigada. Por ali acho que só me escapou a beleza de visitar aquela terra de dia, para assim substituir a paleta de amarelos alaranjados a pretos, por brancos nas paredes cuidadas, por bejes das cantarias trabalhadas, por muitas cores das portas com as suas vidraças e gradeamentos com desenhos vários, por laranjas dos vasos, por verdes das plantas e se fosse primavera por muitas cores das flores.

Aqueci fisiologicamente com uma paragem para um chá de lúcia-lima bem quentinho, que a alma, essa, já o estava com mais estas duas visitas que fazem do meu mapa interior um lugar com mais relevos a registar.


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016



ontem celebramos os 84 anos lúcidos da avó Maria. hoje celebraríamos 63 anos da  minha mãe. Esta foto é de 2008 mas foi assim em 2009 e em 2010. Em 2011 celebramos sem ânimo. Muito provavelmente continuaríamos a ter feito como na foto, se a vida nos tivesse deixado. Sabia tudo tão bem, sobretudo a alegria de mãe e filha celebrarem juntas naquele improviso à volta da lareira e com o nosso bolo preferido. Ontem cantámos os parabéns a avó Maria, hoje contei pelos dedos, para ter a certeza de que não me estava a enganar na conta de que estão quase a fazer 5 anos sem ti. É tanto, mas desde então que o tempo passa depressa e a saudade permanece a mesma.