foto do g.
“(...) A Imagem só pode entrar na corrente da consciência se for ela própria síntese e não elemento. Não há, não pode haver imagens dentro da consciência. Mas a imagem é um certo tipo de consciência. A imagem é um acto e não uma coisa. A imagem é consciência de alguma coisa.” in "A Imaginação" de Jean-Paul Sartre
domingo, 31 de janeiro de 2016
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
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e por falar em graffitis, descobri da pior maneira este trabalho. E que bonito é. O trabalho e alma desta mulher a inspirar-me num tempo em que questionava o enquadramento das coisas que às vezes me ocorrem fazer. Surgiu-me assim a resposta às minhas inquietações. Sonhe-se então...
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
Olhou para mim com aquele ar de-quem-a-estava-a-fazer e
certificou-se de que eu não via. Eu, que não o acho suspeito, percebi que era suposto
não olhar para o GPS. Se eu não olhar, não vejo “ao certo” para onde vamos. Ao
chegarmos a maior surpresa foi para ele. Aquele local abandonado tem agora um
improvisado estacionamento e onde outrora não se via ninguém, aparece agora uma
romaria para ali apreciar o-estado-a-que-isto-chegou. Ele ria do contraste com
ultima visita que havia feito, eu, olhava tudo com normalidade, sendo que era
mais uma curiosa. A presença dos outros quebra o misticismo do abandono mas
retribui com alguma segurança à exploração dos espaços. A 7ª Bataria do Regimento
de Artilharia de Costa foi abandonada, ocupada, vandalizada e permanece abandonada,
a menos que seja um soalheiro domingo de tarde. Do abandono resta aquilo que
não apeteceu a outros destruir ou roubar.
A minha relação com os grafitis, é como quem anda de barco
em dia de alguma ondulação. Balanço entre o que é considerado arte urbana e o
que é considerado vandalismo e não sei para que lado tombo. Gosto mas não de
qualquer maneira. Gosto de perceber que sabem desenhar, que têm uma mensagem,
que há uma alma inquieta, mas que se for muito revoltada que saiba mostrar que
domina com arte os seus demónios.
Ficou-me esta sensação de que me escaparam inúmeros detalhes.
É que “olhos de ver” exigem tempo e esse faltou-nos. Do edifício principal trago
a vista de um terraço, a vista de uma casa banho e trago interação com os
grafitis.
foto do G.
Depois de sairmos dali, segui para onde o G. me indicava. O caminho
faz uma ligeira curva à direita, ligeira o suficiente para nos adoçar com vista
sobre o mar escondendo à direita três canhões e desta vez mais três carros de
tunning. Não houve ralis nem motores a roncar, talvez apenas um batimento mais
acelerado do meu coração com o enquadramento daquele espaço. Canhões adornados
de grafitis não combinam com guerras de altas patentes. Também não combinam com
a natureza da serra da Arrábida mas dão-lhe um colorido apelativo, apontando para
uma paisagem pacificamente inspiradora. Imagino quantos soldados rasos
vigilantes se entediaram com a linha do horizonte. Tantos eram os bolsos das
suas fardas e será que nenhum guardou neles anotações apaixonadas sobre aquele
tempo e espaço, ou um livro para ler no intervalo do “sim meu capitão, vou já
tirar o pó às munições”. Divagações (minhas) à parte, descemos ao bunker onde
eram guardadas (as munições) e onde permaneci pouco tempo, o suficiente para que a escuridão
me começasse a minar de pensamentos estranhos e superáveis com a vista do piso
acima. Entretanto o azul do céu diluiu-se com o azul do mar e nós já esbatidos na penumbra, fomos os últimos a abandonar aquele lugar.
à semelhança do veado no breu na serra da louçã, para nosso espanto, vimos um gineto, principalmente a sua vistosa cauda.
sábado, 23 de janeiro de 2016
Sábado de manhã...
houve papas de aveia ao pequeno almoço. cozidas em chá de funcho que as deixaram surpreendente muito boas.
houve uma outra coisa que me soube muito bem. Foi à hora de almoço, quando na falta de um ingrediente tive de sair para ir comprá-lo. Resolvi sair de bicicleta para ir à mercearia. E pronto foi isto... foi lindo!!
sábado, 16 de janeiro de 2016
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
terça-feira, 12 de janeiro de 2016
Entrar nesta casa, é desde o primeiro dia uma sensação de
encontro com a serenidade. Gosto de entrar e reconhecer-me neste espaço. É uma
casa feliz, é o que sinto. Mesmo quando estou mais triste, estou bem aqui. Gosto
muito de sair, mas gosto sempre muito de chegar.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
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