segunda-feira, 23 de novembro de 2015


se a morena não corre quando a chama para ele, agora corre ele... mas não sei se para ela...
que seja, se nela estiver a sua fúria...
... e a sua paz.





está aberta a época da lareira...


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

domingo, 15 de novembro de 2015



foi serena a minha saída do verão. mimada de ternos raios de sol. prolongou-se no espanto que nos trazem as coisas bonitas. e coisas bonitas existem no verão e no inverno. e existem aqui.


sábado, 14 de novembro de 2015



sábado de manhã...
acordar cedo e tomar o pequeno almoço tarde.


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

domingo, 8 de novembro de 2015




Não questionar o destino, diz desta forma de seguir confiante na viagem e na companhia, acreditando à partida que são as melhores que posso agradecer. O caminho já era paisagem para apreciar e o sol o anfitrião desta fuga. O sol de inverno é inspirador pela forma como nos mima e afaga a pele com o seu calor. Faz-me entrar inconsciente naquele ciclo de sentir vontade de fechar os olhos para o apreciar em mim e abri-los para ver como ilumina o meu redor.
Lá fomos por partes, seguindo-se a minha sequência favorita. Aquela em que trocamos as rodas pelos nossos passos, para depois trocarmos o alcatrão pela terra batida e finalmente trocarmos esta ultima, pelo trilho. Acrescento que esta sequência foi quase sempre a subir, não para dar ideia da dificuldade, mas para não esquecer as vezes em que me virei para trás e vi a paisagem a crescer para terra e para o mar. Mergulhei com a vegetação à altura da cintura, com uma visão privilegiada da envolvente. Olha aqui, olha ali… e este cheirinho que nunca posso levar para casa… grava grava… não esquece. Pensamentos suficientemente curtos para não me dispersar do essencial e dar espaço a outros que se prendem com o meu olhar para dentro. Continuava sem fazer a menor ideia do que me esperava e o quer que fosse não podia esperar muito, pois apesar do sol fazer lembrar o verão, a hora é de inverno. Andei de baloiço, ri e caí. Apressamo-nos a descer, tirando aqui e ali os olhos do trilho empedrado para olhar lá mais para baixo e eternizar a paisagem em pixéis. Continuei Olha aqui, olha ali… e este cheirinho que nunca posso levar para casa… grava grava… não esquece. Não esquece este mar azul turquesa….Mar?!... Azul turquesa?! Mas como é que eu vim aqui parar?! É isto que me espera?!
A temperatura amena permitia-nos conspirar sobre a eventualidade de ir a banhos mas cruzarmo-nos com quem já estava de subida fazia-nos duvidar de tamanha loucura em pleno Novembro. Finalmente chegar lá a baixo e fazer uma última troca. Trocar o trilho pelo areal.
Diz que a falésia tem a forma de um pescoço de cavalo mas eu diria que podia assemelhar-se a uma orelha, onde se encerram segredos vários. O céu límpido deixou-me vislumbrar na forma de uma rocha um barco ancorado à costa e mais à frente descobri noutra o perfil de um rosto. Se este rosto sussurrasse frases bonitas à praia, certamente lhe diria que é linda. Assim como foi lindo o gesto de me levar ali àquele cantinho do mundo. Pude observar o rebentamento das pequenas ondas que avançavam para terra e com o meu lenço esvoaçante senti-me como o principezinho a ver divertido os vários pores-do-sol do seu planeta. Da rosa que trago sempre comigo, os espinhos não são se não aquilo que me desperta para a importância de aproveitar a vida.
E de repente os segredos a ser confessados podiam ser só os nossos, pois não tardamos a ficar sós por entre os tons pastel de um fim de tarde. Estava na hora de regressar e foi já nos escuro que nos guiamos pela claridade do trilho e pelo instinto da minha desorientação para chegar novamente ao topo. Invertida a sequência rolamos depois até à marginal de Sesimbra onde passeamos mais um pouco e onde quase fui engolida por baleia. Não me salvou nenhum príncipe desta Moby Dick urbana mas regressei a casa com a sensação que me resgatou antes para um destino onde sabia que tudo o que eu precisava era de ser feliz.


e sou.


sábado, 7 de novembro de 2015




con·fi·ar
1. Entregar (alguma coisaa alguém sem receio de a perder ou de sofrer dano.
2. Revelar.
3. Ter confiança.
4. Ter ter esperança.
5. Acreditar.
6. Entregar-se cheio de confiança.

o corpo balançou muito mais quando fechei os olhos. a professora dizia "confiem, confiem"... e depois de cada um ter tempo para confiar, ela acrescentou...
"estão a ver, é como na vida quanto mais confiarem menos balançam".


domingo, 1 de novembro de 2015




Há algum tempo que deixei de fugir para me esconder dentro da concha. Fujo até ela mas para reflectir primeiro se entro ou se lhe dou um abanão antes de voltar a entrar. Há abanões que escolhi e nos quais reconheço mais facilmente o bem que me fizeram.  Noutros reconheço os tortuosos caminhos para o melhor de mim. Em todos descubro que há sempre um novo ponto de equilíbrio nesta vontade de ser feliz.