terça-feira, 30 de junho de 2015



Perguntou-me o meu pai se não passava por lá uma ultima vez…
Disse que sim pouco convicta da minha vontade. Fui de manhã cedo, abri a porta e assim que a fechei comecei a subir as escadas. Senti estranho aquele eco que não lhe conhecia. A casa onde vivi a maior parte da vida fazia eco à minha passagem. Parada no hall observei-a num misto de curiosidade e desconforto. Nunca a tinha visto assim, parecia mais pequena. Vazia. Tão cheia em mim de todas as memórias. Mais memórias. Mais exercício do desapego a que já conheço o ciclo. Entre a dor de fechar esta porta, sinto um alivio do novo capitulo que se abre. E a minha chave, essa, deixei-a do lado de dentro.

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