quinta-feira, 28 de maio de 2015



depois da caminhada....
chamem-me copinho de leite, que eu mereço

depois de desmarcar um treino...
para a corrida do caracol, diz que estava muito calor... e leitinho fresco não combina


quarta-feira, 27 de maio de 2015





"The trail is the thing, not the end of the trail.
Travel to fast and you miss all you are traveling for."

Louis L'Amour


domingo, 24 de maio de 2015




Quando uma pessoa pensa que vai finalmente sossegar, aparece outra pessoa para nos desafiar. Uma (SV) quer ir a Fátima a pé, a outra (eu) sugere ir pelos caminhos mais rurais. Uma apresenta uma proposta, a outra outra. As duas escolhem a melhor opção e marcam para dali a uns dias. Uma estuda o assunto, a outra não tem tempo. Uma convida mais um elemento (DS), a outra concorda. Uma tem tudo a jeito, a outra na véspera tem um imprevisto que pode inviabilizar os planos. Uma espera que a outra resolva. E a outra resolve. O terceiro elemento confirma e no sábado de manhã encontramo-nos à 6h para fazer o “Caminho do Tejo” Santarém-Fátima.
Seguimos num passo descontraído e em boa conversa rumo à ruralidade. Francamente otimistas e satisfeitos íamos apreciando a paisagem e chamando a atenção para os pormenores. Este percurso coincide também com um dos Caminhos de Santiago o que de certa forma lhe confere esta mística de irmos para Fátima e sentirmos que podíamos estar a Caminho de Santiago de Compostela. Aliás, é já um interesse que uma e outra descobriram que têm em comum… Mas desta etapa que cumprimos tirámos ensinamentos que nos permitem ser mais realistas. O Caminho estava muito bem sinalizado, diria que é quase impossível alguém perder-se. Mas nós distraímo-nos com a conversa por mais que uma vez, mas na falta dos tantos elementos pintados nos postes de electricidade, no tronco das árvores, nas pedras e outros não tardámos a dar pelo erro. Dá vontade de agradecer a paciência de quem pintou tantas indicações, para além dos marcos principais que se encontravam em cada encruzilhada para nos orientar. De certa forma acabamos por nos sentir acompanhados de todo aquele cuidado que zela para que não saíamos do Caminho. Ainda assim, saímos mas regressamos por falta disso mesmo, de ir junto de quem cuida de nós. Por estradões ou trilhos lá continuámos tranquilos até à hora do almoço onde fizemos um pequeno desvio para nos reabastecermos de calorias e continuar. As conversas foram muitas, umas mais introspectivas que outras, mas todas a dizerem muito de nós e da nossa perspectiva da vida. O percurso, que nos manteve afastados da civilização a maior parte do tempo, permitiu-nos uma tranquilidade de espirito e de comunhão com a natureza que se reflectiu um pouco no ritmo calmo em que seguimos. Atravessamos a Serra de Aire e Candeeiros encantados com a beleza dos trilhos por entre os muros de pedras empilhadas e a magnitude da vista que ficava para trás, depois descer a um covão e subir ao parque eólico já com poucos minutos de sol. E se já havíamos passado por uns velhos moinhos muito antes, estes gigantes de metal naquele vagaroso movimento perpétuo das hélices continuam não só a conquistar o meu coração como o dos amigos que me acompanhavam. Mas por aquela hora não havia tempo para contemplações que o sol se estava a querer pôr muito antes do que estávamos à espera. Daqui para a frente os marcos do caminho era tudo aquilo que conseguíamos vislumbrar na aproximação, para além da silhueta da serra que descíamos. Na escuridão apuramos a audição e eu confesso que tive medo ao mesmo tempo que acreditei que nada nos aconteceria. Houve silêncio e devemos ter caminhado mais depressa que nunca. Assustamo-nos, rimo-nos, para logo depois ficarmos calados e sérios. Eu ansiei por civilização, que as bolhas dos pés estavam a cansar-me de dores. Queixei-me menos que o que tinha na vontade. Já nos estradões cortava a respiração sempre que se aproximava um carro (muito poucos quase nenhum), respirava de alivio quando ele passava, e depois ficava indignada porque não nos tinha perguntado se precisávamos de ajuda. Contradições tão confusas como a vez em que confundi um pirilampo com a aproximação ao longe de um veículo. Eu ansiava saber se faltava muito e fui descobrindo que sim que ainda faltava. Mesmo que dos caminhos escuros ainda conseguíssemos escutar o som que vinha da missa a decorrer em Fátima. Foram 2h30 na escuridão até entrar no santuário praticamente deserto e tranquilo, como a maior parte do nosso caminho. 
O DS foi o nosso anjo da guarda teimoso. Com uma paciência para nós que só ele, mas também por isso é que o convidámos. Na sua calma sempre a questionar qualquer aceleramento nosso, nada nos disse por termos teimado em seguir pelo Caminho a poucas horas de luz de dia em vez de seguirmos pelas estradas nacionais. Tomou bem conta de nós. Eu e a SV entendemo-nos muito bem e tudo leva a querer que um dia nos fazemos à estrada, ou melhor, ao Caminho novamente. Mais conscientes das nossas limitações e capacidades e com mais dicas na lista “do que levar”.

Dos mal estimados 56km a que eu acrescentaria mais 10km em 17 horas de boa companhia, apesar do empeno nos pés, das dores das bolhas e do andar de pato, foi uma experiencia muito boa, para a vida e para as boas recordações. Obrigada aos dois!!



sábado, 16 de maio de 2015



sábado de manhã...
a intenção era provar uma história por dia, mas é difícil não querer sorrir com outro final, porque estes finais são assim... leves como as papas de aveia.


quinta-feira, 14 de maio de 2015



logo pela manhã liguei-lhe dando o ultimato: Oh vó olha que tu não vás à espiga sem mim...


terça-feira, 12 de maio de 2015



das manhãs que começo no varintal a apanhar espinafres, rúcula, coentros e hortelã para o almoço...




a língua portuguesa falada é muito traiçoeira, se não vejamos...


Entro na livraria à pressa, faço uma paragem junto de uma estante para ver alguma novidade e finalmente dirijo-me ao livreiro. Depois dos cumprimentos da praxe:

-Venho-buscar-um-livro-guardado-em-nome-de-Ana-Fernandes-...Provo-te...
foi isto que eu lhe disse, e ele lançou-me um olhar atrapalhado... eu não menos atrapalhada e já com muita vontade de rir, refiz ligeiramente
- ... o nome oo livro é... Provo-te
-...han já sei... vou buscar (disse ele com um olhar mais aliviado)
Ainda não me tinha virado as costas e já eu sorria (não ria) a bandeiras despregadas... entretanto ele regressou com o livro e visivelmente bem disposto.
Os dois, politicamente correctos nos respectivos papeis de livreiro e cliente levamos a cena até ao fim com um sorriso de orelha a orelha e mais nada que denunciasse este lapsus linguae


domingo, 10 de maio de 2015



Manhã cedo estava a caminho de campos verdes floridos e perfumados para um trail. Não foi de inscrição mas foi de convite, o que por um lado é bom mas por outro cria-me sempre aquela insegurança do confronto entre aquilo que são as expectativas de treino do outro e a minha capacidade de resposta. A possibilidade de fazer trilhos e experimentar caminhos novos esbateu os receios e lá fui eu... pelo menos uma vez, à segunda só cai quem quer (ou não). 
É mais do mesmo mas daquele mesmo que nos vicia a regressar, daquele que nos faz correr por gosto, como se fosse a primeira vez. Não havia fitas a marcar o percurso, por isso segui ainda mais descontraída nunca perdendo de vista quem sabia e que acabou por não se afastar muito, ou nada. A certa altura numa estrada de terra batida seguíamos lado a lado, cada um no carreiro traçado pelos rodados dos veículos. Às tantas pareceu-me que a faixa do meu amigo tinha menos pedras e pensei em passar para trás dele mas simultaneamente apercebi-me da metáfora, desta nossa mania em pensar que o caminho do outro tem sempre menos pedras que o nosso... e continuei do meu lado.
Sendo que o percurso era sempre junto de uma linha de água, não raras vezes tinha o prazer de escutar aquele som da água a passar pelas pequenas cascatas, ou então atravessar até à outra margem via ponte, ou via passadiço de pedra, como um onde aproximação nada fazia prever sobre oásis que ali se encontrava. Não fui lá molhar o pezinho, ao contrário de quem comigo corria, que foi lá molhar os dois. Enquanto isso eu absorvi daquele cantinho a expressão da tal magia sem ilusões, ali estava eu num sitio muito parecido a um outro que tinha desejado conhecer. Não deu para sentar-me nas pedras, sob a sombra da copa da árvore, a desfrutar de um silêncio assim mas segui satisfeita porque vi e porque sim.
O sobe e desce do relevo foi tranquilo, o calor é que começou a travar-me as forças e o animo mas seguimos até ser dado por terminado o treino, para mim foi antes uma distração com 20km bem passados de uma paisagem que me faz bem, na boa companhia de quem não se importou de a partilhar comigo.


sábado, 9 de maio de 2015



sábado de manhã...
Eu não sei o que é que as mulheres são, nem os homens, agora as pessoas sei que podem ser de muitas maneiras, não perfeitas, onde eu me incluo. Tento ser melhor e nem sempre sou bem sucedida… é isto o meu viver.

panqueca de clara de ovo, 1/2 maçã, 2 clh peq de queijo fresco, 1 clh gde de sumo de limão, tudo triturado e aquecido na frigideira a acompanhar com pedaços de banana e morango e canela.


segunda-feira, 4 de maio de 2015




Conto que passaram 4 anos sem ti. Parece uma longa distância a muitos factos da vida mas ínfima para tudo o que nos liga. As saudades repetem-se todos os dias,  todas as vezes que sou mais feliz e todas as vezes que me deparo com males menores. Às vezes sinto-me exausta pela tua ausência, outras uma privilegiada por sentir-te por perto. Hoje o que sinto é só mesmo este vazio que ficou, no qual me reinvento para agradecer a oportunidade que a vida me deu de te ter e daquilo que me deste e me continuas a dar em tudo o que tem a capacidade de perdurar.


sábado, 2 de maio de 2015



afinal o sábado de manhã foi agitado.
Equipar, acondicionar o doce, a pizza e a carne e seguir para a casa da meta. É assim que se inicia este jogo, o do trailika. Depois daí para a casa da partida e esperar que estejam todos prontos para começar a correr pelos campos das redondezas até à casa onde recuperaríamos as forças durante toda a tarde. Se há um ano comecei com os rápidos e acabei com os lentos, desta comecei com os lentos e a meio mudei para os rápidos. Esta alteração veio a revelar-se uma boa opção. Se no inicio o ritmo deu lugar à conversa com uma amiga que depois de um ano de afastamento volta agora a estas andanças com a responsabilidade acrescida de uma bébé, depois limitei-me mais a escutar para poupar energias. Apesar dos grupos seguirem a ritmos diferentes, havia alguns pontos onde nos cruzávamos, como no alto do monte, junto ao moinho. Há sempre uma moinho abandonado a dar um ar de graça a estas histórias e este marca um ponto de encontro com um abastecimento a recarregar energias para as etapas seguintes. Encontramo-nos todos já com aquele ar "de-quem-nos-manda-meter-nisto" mas depois de recarregadas as calorias e rehidratado o corpo conseguimos sorrir com vontade para a fotografia da praxe e refilar que já se faz tarde na ânsia de chegar ao destino. Daqui ainda parti com o grupo lento mas uns quilómetros mais à frente onde nos voltaríamos a encontrar decidi desertar mais um colega e confiar que havia de aguentar. Fiquei então a conhecer a outra parte do percurso e que muito me agradou. Quanto à rapidez deu para gerir bem e seguir sempre acompanhada, isto garante boa disposição com os disparates que se vão escutando. E foi a sorrir e a correr que mais uma vez entramos pelo quintal da casa para mais um convívio de comes e bebes. Para mim, foram aproximadamente 19 km e com um nível de cansaço a justificar qualquer excesso alimentar com as iguarias que se prometiam para a festa, já para não falar num concurso de arroz doce. Desta vez sobrou espaço no frigorifico, uma vez que as médias foram substituídas por barris de malterecovery de tirar à pressão, se é que me faço entender. Patês, enchidos, queijinhos, febras, sardinhas e outros que tais, somaram 10 horas de convívio e boa disposição. Há quem reclame que só uma vez por ano é pouco, a mim parece-me perfeito para regressarmos com saudades.


sexta-feira, 1 de maio de 2015




há uns dias atrás, quando regressava a casa ao final do dia escutei esta musica na rádio, coloquei o volume mais alto e cantei uma das minhas musicas favoritas. Pensei em postá-la por aqui, não o fiz, nunca mais me lembrei, e hoje fica em memória desta voz que a eternizou.




sábado sexta-feira feriado de manhã...

estes meus sábados de manhã estavam em falta por aqui. Por cá têm sido um pouco mais agitados sem tempo para contemplações, talvez por serem agora ainda mais bem vindos e desejados...
o leite é de aveia, aromatizado de limão, talvez uma alteração a manter...