segunda-feira, 8 de dezembro de 2014






a poucos dias de fazer 1 ano chegou o dia de voltar ao tão esperado Trail dos Casais da S.. As mãos geladas que conduziram o volante do carro ao destino contrastavam com o sol radioso e quentinho que o dia prometia. "Está um dia espetacular" era o que os meus olhos me diziam. Já poucos lugares haviam onde estacionar, a festa estava a começar. Entramos para o pátio e para a casa com um à vontade tão grande só justificável pela certeza de sermos bem recebidos. Ainda cá fora reparei que já estava entreaberta a porta da casa da alquimia vínica e licorosa do pai da S. Pensei: "Já?!!" e foi a sorrir que entrei... no pátio, claro! Entre um café das velhas e umas fatias de bolinho para reforçar as calorias ansiosas por serem gastas, aguardamos pelos que faltavam, incluindo os que se dispuseram a sair da cidade a correr para a Casa C. Uma especie de aquecimento com 17 km. Foi o tempo de os deixar recuperar o fôlego e lá nos ajeitamos para a fotografia da praxe. Depois começou o trail com tudo a correr por ali abaixo. Nos primeiros quilómetros ficamos dispersos o suficiente para que a distração com a paisagem e com a companhia não nos permitisse aperceber que nos perdemos durante 1,5 km sem fitas. Voltamos para trás e para variar nestas coisas parece que o regresso é sempre a subir.... Encontrado o ponto certo de viragem seguimos de forma mais coesa para que dos perdidos não ficasse mais nenhum para trás e havias fortes possibilidades de sermos os últimos. O percurso estava bem marcado, pelo que dali para a frente já não houve mais desatenções e entre conversas lá fomos trilhando caminho pelos Casais da Charneca. Fomos a um ritmo confortável para quem como eu, gosta de ir a desfrutar da paisagem, revendo vistas conhecidas e descobrindo novas passagens. Soube bem o abastecimento junto ao tanque de água natural, é o enquadramento perfeito para matar a sede e comer uma laranjinha. Depois da travessia do "paraíso", onde a natureza se encarregou de criar um microclima de frescura e um ambiente inspirador às histórias de elfos regressamos aos cabeços e ao moinho onde a vista não corta respiração mas aumenta os tempos entre inspiração e expiração para encher o pulmões de coragem a sair dali.
A partir dali já não faltava muito para acabar os 16km e confesso que até estava com pena... para o ano S. bota mais quilómetros nisso ;)! O grupo Lost (SB, JA, PB, JC e moi) continuou ainda no sobe e desce do relevo e quase a chegar houve uma baixa feminina provocada por dores do oficio que não tardou a ser resgatada para onde a festa nos esperava. Não me lembro se já cheirava a carne assada quando entrei, mas o salame de chocolate não escapou à minha passagem na mesa dos bolos. Depois fui mudar para a roupinha confortável, que este ano já fui prevenida para o frio-que-vem-com-a-noite-e-que-não-queremos-que-nos-tire-a-vontade-de-estar-presentes. Comecei a almoçarada pela bela da sopinha, passei para o arroz de feijão e carnita pouca que os doces chamam por mim e a mouse de lima soube a pouco ;). Ainda não estaria nem a meio da digestão quando me aproximei do carrinho dos licores, o famoso, não para beber mas para esclarecer com o pai da S. o que era suposto fazer a seguir com os que tenho em infusão há quase um ano. Duvidas tiradas lá bebi o preferido de Casca de Noz e depois fui à prova dos abafados na casa mágica com a hospitalidade de quem tem gosto em partilhar e eu coragem para me conter! Uma vez a esta porta aberta passamos para a fase seguinte de provas, de cantigas e de reconhecimento a quem tão bem nos recebe. As horas voaram e o pôr-do-sol levaria todos novamente para junto do assador... 

Obrigada novamente à família C. (pai, mãe e filha) por nos proporcionar mais este trail convívio com sabor a Natal e Família... as lágrimas não são só nos vossos olhos ;)
Até para o ano!!


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