sábado de manhã...
Ainda tenho uma melhoria para fazer, um outro resultado a
aguardar e 4 dias para entregar 3 trabalhos, contudo ontem foi o ultimo dia de
aulas. Aulas do mestrado que resolvi iniciar em Outubro passado. Foi o regresso
às aulas e aos estudos motivado por diversas razões e uma conjuntura não
profissional que o permitiu. Lembro-me de alguns pormenores do primeiro dia, a
insegurança da novidade, a observação dos outros, do sentir-me a enquadrar
lentamente aquela nova realidade.
O meu lado ultra metódico arregaçou as mangas e esfregou as
mãos de contentamento com tanta coisa a manter organizada e a partir daí foram
9 meses de desafios. Houve-os no que respeita ao relacionamento com os outros,
professores e colegas. O fim trás a vontade de relativizar tudo, principalmente
o que correu menos bem e isso já se está a processar em mim, mesmo que ainda ontem
tenha sentido mais uma vez o coração acelerado com a mesquinhez de jovens
colegas. Nem sei se a mesquinhez me choca mais nos jovens que nos adultos,
choca-me e pronto, mas se tão novitas já são assim... (mas não é coisa que me
deva ralar).
Tive a sorte de no meio de tão poucas mulheres… encontrar alguém
mais da minha geração, com qualidades humanas e organizacionais mais condizentes
com a minha forma de estar e isso permitiu um convívio mais equilibrado e
saudável (da minha perspectiva). Trabalhos de grupo muito sofridos pois a
vontade de dar o melhor não ficou por mãos alheias. Houve companheirismo, discussão,
divergência e/mas respeito. A bonança deu-se sempre durante umas horas depois de
entregar um trabalho ou fazer um teste, isto se não havia logo outro compromisso
a seguir. Neste momento e pelas minhas primeiras palavras estou a meio de
tempestades mas confiante que serão mais uns desafios superados. Fomos/somos uma boa
equipa e o stress com a paranoia de nos
superarmos é coisa que já não tem cura.
A componente de novidade foi, para mim, transversal à maior
parte dos conhecimentos que adquiri, e se por um lado aprendi por outro tomei
mais noção da quantidade de coisas que não sei e isso é sempre coisa para me
afligir (tenho de aprender a gerir isto a bem da minha sanidade mental).
O relacionamento com os professores, de uma forma
geral, tem a mesma cadência que o relacionamento com os outros na nossa vida e
com o respeito que lhes é devido. Aqui surpreendeu-me um pouco o “tu cá, tu lá”
que alguns se permitem, porque no meu tempo havia um distanciamento maior e nem
por isso menos consideração e respeito (mas isto também não é coisa que me deva
ralar).
Descobri que mantenho-me organizada, mais apurada e
perspicaz num sentido. Se sou capaz de estar mais horas sem me levantar (nem
para comer) a estudar uma coisa que me está a entusiasmar ainda que a dar luta,
por outro lado se não estou a encaixar bem, tenho de me levantar, ir espairecer
até outra divisão e insistir e pesquisar até encontrar o fio à meada, que as
faculdades de decorar sem perceber levaram um corte grande no inicio da
licenciatura e agora é coisa quase inexistente.
Sempre gostei daquele espaço enquanto lugar de lazer, agora
como aluna que deambula pelos diferentes edifícios e corredores também me
agradou. Continuo a gostar sobretudo da envolvente em que está enquadrado e do
sossego da biblioteca.
Paralelamente a isto houve mais e houve menos, palavras que o tempo se encarregará de organizar cá dentro.
O segundo ano já se aproxima a passos largos com outros
desafios que desconheço mas para os quais vou ter que chegar. Entretanto vou aqui
acabar o que está em falta, e certamente levantar-me algumas vezes para
desanuviar.
e quando isso acontecer, vou até à cozinha que cheira (muito bem) a
alperces…
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