terça-feira, 10 de junho de 2014



até agora o melhor do meu dia...

a meio do caminho pensei... "quando chegar a casa até penso que é mentira..." e estava certa. Agora que estou em casa até parece que foi mentira, mas na perspectiva inversa, ou seja, até parece que foi mentira mas a verdade é que fui (pela primeira vez) a correr até à casa da avó Maria e regressei. 
Há muito que andava tentada a fazê-lo e hoje foi o dia. Fui comemorar a manhã do dia de Portugal de pé na estrada. Parti no sentido contrário à volta de bicicleta, para evitar um chinho muito dado a ladrar e a correr atrás de mim. Nas subidas recordava-me como é bom fazê-las a descer na bicicleta àquela velocidade estonteante que me é característica e por entre estes e outros pensamentos fui-me aproximando de casa da avó. Pelo caminho encontrei o meu pai que me emprestou um boné, pois o sol estava a aquecer bastante e eu sai de casa sem me prevenir... no domingo foi chuva e frio, hoje calor. A avó mesmo depois de dizer que eu era realmente muito maluca ainda saiu ao portão para se certificar que eu não tinha a bicicleta escondida. Não me detive por lá muito tempo, para os músculos não arrefecerem. Deu para uma laranja, uma bolacha, um dedo de conversa e resolvi continuar pelo caminho inverso e quiçá ter de enfrentar a fera canina. Esta seria, eventualmente, a parte mais emocionante, mas passei pelo ponto crítico sem qualquer pico de adrenalina mais acentuado. Um pouco mais adiante cruzei-me com alguns dos amigos das corridas (somos todos muito originais a escolher como passar o tempo)... tudo com um ar feliz e eu não fugi à regra... independentemente de estar apreensiva com a próxima decisão. Isto serve para outras coisas na minha vida, contudo ali naquele momento a duvida era sobre qual das subidas iria fazer para a cidade. Optei pela mais inclinada pois era a que estava na minha rota e porque não me apetecia fazer mais desvios. Como nunca levo nada que controle tempo ou distâncias achei por bem não abusar do corpitchú e seguir directo para casa. Mesmo antes da subida, parei num cafezito para pedir um copo de água a ver ser me dava alento. Podia dissertar sobre o modo mal encarado com que fui servida e da tipicidade do espaço, mas acho que isto chega e a água soube-me que nem ginjas, assim como toda a corrida. É com satisfação que registo o facto de não ter tido qualquer dor de intensidade preocupante e cá estou com a coragem reforçada para outra...
(+/- 18 km)


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