quinta-feira, 26 de janeiro de 2012



Era um dia no meio de tantos outros... quando somos mais novos ou muito mais novos, os dias parecem muito menos do que realmente são, sendo que, para esse somatório parecem só entrar os dias especiais. E entre tantos, aquele era um dia especial. Nessa manhã a ansiedade foi a primeira a acordar e fê-la levantar da cama num só pulo. Do guarda fato sacudiu o vestido-dos-dias-especiais e da caixa que estava debaixo da velha cadeira deslizaram para os seus pés, os sapatos, os sapatos-dos-dias-especiais
E pronto, já estava.
Sem fazer barulho foi até à cozinha. Abriu e fechou portas, dos armários de cima, dos armários de baixo, do frigorífico, subiu e desceu do banco, uma, duas e três vezes… a mesa fazia lembrar um daqueles posters grandes amarelecidos pelo tempo, que costumavam estar pendurados na sala da escola primária a representar a roda dos alimentos, só que aquela não era uma roda de dietas era uma roda-dos-dias-especiais. Como quem constrói um castelo de cartas, passou tudo o que estava em cima da mesa para dentro uma grande cesta, que ficou um pouco pesada, mas naquele dia ela também estava com um pouco mais de força! 
Posou a cesta no poial da entrada da casa e antes de fechar a porta virou-se para trás e disse:

- “Maaaaaãeeeeee... … … hoje vou para o parque!!...”















série elipses 04_parque


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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012


it's. oh. so quiet…
ssshhhhhh... ssshhhhhh...


it's. oh. so still… 



you're all alone



and so peaceful until...



ssshhhhhh... ssshhhhhh...





série elipses 03_manta


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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012



Um dia destes, antes de anoitecer , quando fui verificar se a janela do meu quarto estava bem fechada, espreitei o céu pelos buraquinhos do estore. Não estava à espera de ver nada. Quem é que nunca fez isto?!... ficar ali só uns instantes a espreitar o céu. Foi então que lá longe distingui aquilo que me pareceu ser um balão de ar quente. O primeiro impulso foi o de quer abrir a janela para ver melhor, mas depois tive receio de perdê-lo de vista por entre o topo dos prédios. Decidi ficar muito quietinha a observá-lo, acho que nem pestanejei e até que o tempo parou…
O balão aproximou-se, mas muito pouco, ainda assim o suficiente para eu conseguir ver que era de várias cores, cores-do-céu-depois-do-sol-posto. Dentro do cesto ia um … não sei como lhe chamar… deixa cá pensar… um… fazedor. Estava a esvaziar uma pequena saca, aliás muito mais pequena do que o volume que saía de dentro dela.
Depois o balão afastou-se, afastou-se… até que deixei de o avistar.

Acabara de ver o pequeno fazedor que todas as noites vem distribuir toooooooooodas as estrelas que vemos no céu… não acreditam?!


Ora vejam, …






















série elipses 02_balão

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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Era uma vez...




uma lua...





 uma montanha...





um barquinho...





 e uns peixinhos...



série elipses 01_montanha

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elipse
(narrativa/figura de estilo), na literatura, no cinema e em outras formas narrativas, ou na poesia (e na pintura, acrescento eu), refere-se a omissão intencional de códigos e/ou informações facilmente identificáveis pelo contexto, por elementos, códigos ou significados construídos por sucessões de imagens sequenciadas (in wikipédia)

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012



Um dia depois do suposto ultimo post sobre tricot, a minha avó entregou-me um grande saco cheio de novelos e trabalhos por acabar da minha mãe. Daquelas coisas que as filhas à medida que vão deixando de ter espaço em casa pedem para as mães para guardarem lá num cantinho… e na casa da minha avó existem umas arcas grandes que sempre deram muito jeito para estes excedentes. No saco redescobri novelos de camisolas que foram minhas, trabalhos que eram para mim mas acabei por crescer mais depressa, e outros trabalhos de que não me recordo.

Entre estes últimos estavam 3 quadrados em crochet de lã branca que vieram mesmo a calhar, para eu fazer umas almofadas que estavam a fazer falta na minha cama… foi assim um presente das/e pelas mãos da minha mãe…



terça-feira, 3 de janeiro de 2012




E porque não há duas sem três, apesar já estar a ser preparada uma quarta, passo a registar a primeira peça a ficar concluída (e que para já ainda é minha). Sendo que, no mês de Novembro, inspirada nos acabamentos deste blog (cadernobranco) forrei a mantinha com polar para ficar mais quentinha e confortável.


E por agora deve ser o meu ultimo post sobre tricot, pois o quarto trabalho vai ser mais demorado, se não ficar pronto para este inverno não faz mal...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012


Uma semana antes do natal resolvi oferecer uma gola de malha. Parti novamente com três cores, as preferidas de quem a iria receber. Desta vez e porque as agulhas do número pretendido estão ocupadas com outro trabalho comprei umas circulares (porque não tinha nenhumas) do mesmo número.


Linha para lá… linha para cá… linhas para lá… linha para cá… carreira após carreira ….
Remate com três pompons e foi assim que ficou.

A gola foi para a irmã da S. e para a S., como já tinha o poncho anterior foi este o improviso.



domingo, 1 de janeiro de 2012


2012


Parece que se vira uma página na vida, e se noutros anos sabia bem mudar de ano, no de 2011 apetecia-me permanecer. Era como se o tempo parasse e eu ficasse sempre mais perto dos últimos momentos que passámos juntas.
Assim… já foi o ano passado.




Mãe, as minhas saudades permanecem incansáveis...



Desta vida que continua, continuarei a ocupá-la.